Esu é o guardião e mensageiro do Asé Divino, com o qual Olódùmarè criou o Universo. Ele é uma força neutra que controla os poderes do bem e do mal, é a Deidade que abre os portais do passado e do futuro, para que Òrúnmìlà possa ir buscar em Olódùmarè as respostas e a solução para o nosso destino, estabelecido antes da encarnação. É o Orisá da encruzilhada, entroncamento em “T” - orita meta, o que significa o ponto onde escolhemos o caminho que queremos ou devemos seguir. É ao Orisá Esu que recorremos na dificuldade de tomar a decisão certa e isso é o que significa “encruzilhada”, pois através do livre-arbítrio nem sempre seguimos o caminho correto e por vezes nos alinhamos com as forças negativas através das decisões do ego, atraindo para nós os corretivos do Orisá Esu, que na verdade são formas de nos conduzir ao nosso destino. Por isso, que muitas vezes se faz realidade a celebre frase: “não vai pelo amor, vai pela dor”. Nesse sentido, Esù não é o diabo, como dizem os cristãos, pois em nenhum momento esta palavra aparece na cosmologia Yorubá. Esu é o fator essencial para a solução dos conflitos entre os contrários e age em conformidade com as leis morais, apoiando aqueles que fazem sacrifício.
Portanto, a verdadeira morada de Esu está em nossos corações quando decidimos seguir o caminho reto. Ooooro Esù!
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